Dicas do Guia

8 de outubro de 2018

INDÚSTRIA 4.0 – A REVOLUÇÃO

O termo revolução tem sua origem no latim, revolutio / revolvere, que significa “dar volta”. Esse termo foi primeiramente empregado pela astronomia, depois utilizado para nomear os movimentos das alterações sócio-políticas da Inglaterra e terminou por significar algo que eu defino como “uma ruptura de sistema em uso, para implantação de outro”. Seguindo essa última definição para revolução, apresento um resumo das revoluções industriais que a humanidade já conseguiu realizar e qual é a próxima tendência.

Ao final do século XVIII a indústria começou com as máquinas à vapor, o esforço do trabalho humano reduziu e aumentou a produtividade. Em um segundo momento histórico, no final do século XIX, após algumas descobertas científicas vieram as primeiras máquinas elétricas. Sempre após ciclos de descobertas, invenções e inovações, acontece uma revolução… e a terceira não foi diferente com a chegada dos computadores e programas na produção industrial (meados da década de setenta). Agora estamos chegando à quarta revolução, onde a matéria prima, as máquinas e os insumos da cadeia estão conectados e interagem na chamada “internet das coisas”, tudo conectado e sem fios.

Um novo conceito para a indústria é construí-la em módulos padrão, inteligentes, que terão capacidade de executar suas tarefas dependendo da necessidade de produção. Serão módulos que, pela sua interconexão, poderão acessar o plano de produção e adequarem-se a todo instante ao planejado. Serão módulos “autônomos” dentro dos parâmetros estabelecidos para uma produtividade de excelência, minimizando diversos custos como, reprogramação das máquinas, recursos humanos, energia, desperdícios e podendo até regular a produção com demanda momentânea de mercado, em alguns casos. A indústria da quarta revolução industrial é apelidada de “Indústria 4.0”, uma alusão à modo como se nomeia as versões de um softwares, uma vez que os programas é quem serão os trabalhadores junto às máquinas no chão da fábrica, pois essa revolução funciona sob a lógica de sistemas físico-cibernéticos, ou seja, que se tem sistemas operacionais independentes, autocráticos. Estou comentando de sistemas que comunicam entre si, otimizam-se e também otimizam o processo como todo. Isso é possível devido ao sistema reconhecer cada componente como um participante individual da rede de conexões da produção, chamada internet das coisas, gerando dados e informações disponíveis para toda a rede.

Essa nova indústria pode entregar para o cliente produtos personalizados com preços muito atraentes e também uma produtividade em massa mais flexível, pronta para acompanhar as mudanças de mercado. O que é essencial considerando uma previsão sobre a diminuição do ciclo de vida dos produtos, logo, a necessidade de gerar informação à área de engenharia por todo o ciclo de vida do produto, dando maior confiança para o desenvolvimento de inovações na produção.

Há a necessidade de inovar o modo de produção devido ao limite de produtividade que os modelos atuais conseguem alcançar e essa necessidade se deve, em um dos aspectos, ao aumento populacional projetado para 2030, conforme os gráficos abaixo:

Fonte: Population 2030 – Demographic challenges and opportunities for sustainable development planning – United Nations, New York 2015.

A nova forma de produzir em larga escala, de forma barata, em altíssima velocidade, produtos feitos sob demanda e personalizados, é uma realidade que trará uma nova era para a indústria e economia. Esse novo modo de produtividade mais eficaz se faz necessário devido ao teto estabelecido pelo limite do modo de operação e tecnologia disponível atualmente. Realidade aumentada, robôs versáteis e inteligentes, base de dados em nuvem e segurança cibernética, simuladores, internet das coisas, análise “big data”, são algumas alterações que já estão batendo à porta das fábricas para aumentar a participação de uso da tecnologia na indústria, que hoje é cerca de 8%, para 25% em menos de 10 anos. Estamos à beira da nova revolução, mas ela não acontece sozinha. As ciências, bem combinadas, serão as grandes protagonistas desta revolução, o que implica em preparar melhor nossos cientistas para essa nova era na indústria mundial.

Nunca é demais se informar, caso tenha necessidade de algum tipo de profissional ou prestador de serviço, consulte www.guiacomercialbrasil.com.br

Imagem: Pixabay

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Sobre o autor

Estudante de Engenharia de Produção da UNIVESP.