Dicas do Guia

8 de agosto de 2018

A educação brasileira está mudando: E em minha opinião, para melhor!!!

Desde o ano de 2016, quando foi promulgada a Medida Provisória 746 que propunha a Reforma do Ensino Médio, muitas mudanças vêm ocorrendo no âmbito da Educação brasileira.

Mudanças, que acredito, trarão avanços expressivos para as futuras gerações.

A MP-746, que foi transformada e aprovada pelo Congresso Nacional na Lei 13.415/2017, ao contrário do que muitos pensam, não nasceu com o governo Temer. Ela é fruto de uma construção histórica de professores, intelectuais e políticos que observaram a decadência do Ensino Médio e, pior, o desmantelamento de um projeto de sociedade para as gerações futuras.

Alguns fatos comprovam inequivocadamente a falência do atual modelo de Ensino Médio que ainda é praticado no Brasil. No atual modelo, conteudista por excelência, a aprendizagem deu lugar à “decoréba”. O desejo pelo saber deu lugar ao desprezo pelo conhecimento, a valorização do indivíduo prevaleceu sobre a importância do grupo, do sucesso pelo resultado imediato antes à valoração de um processo mais elaborado.

Tudo isso, sem sombra de dúvidas, favorecem a manutenção de um projeto neoliberal – e sem ser pejorativo com radicalismos de direita ou esquerda, que santifiquem ou demonizem o neoliberalismo, o que há de mau neste projeto é que ele é excludente por excelência: o ignorante continuará no limbo do desconhecimento, o pobre continuará à margem da sociedade, a elite continuará dominante e reelegendo seus governantes. Nossa educação continua a privilegiar o indivíduo em detrimento do coletivo. É o egoísmo contra o altruísmo.

Enfim, vivemos uma Educação para o indivíduo e não para a sociedade. O que importa é selecionar os “melhores”, que hoje são compreendidos como aqueles que têm uma capacidade diferenciada para decorar fórmulas, executar cálculos, isolar-se por dias em busca de um conhecimento estanque e transitório, semanas, meses sobre livros, artigos e documentos que prometem, em um futuro próximo, coloca-los defronte ao Eldorado! Mas são poucos os que conseguem esse tipo de sucesso.

E que sucesso é esse? Ser aprovado em um Vestibular? A vida se resume nisso? Em decorar centenas de nomes, fórmulas, datas, locais, param se sair bem em uma prova e pronto? Acabou? O que fica deste conhecimento para a vida ou para ser usado na Faculdade em que o candidato foi aprovado? Quase nada!

Pois é: tudo o que aprendemos no Ensino Médio se resume a um amontoado de informações que serão utilizadas somente para as provas dos ENEMs e Vestibulares que o jovem enfrentará. Foram anos de dedicação e de investimentos das famílias mais abastadas para preparar seus filhos para esta etapa da vida. Mas é só para isso que se prepara os filhos? Para realizar algumas provas em um final de um determinado ano da vida dos jovens? “O que se faz com tudo aquilo que aprendi/decorei e não vou utilizar na minha Faculdade de Gastronomia?”, pode-se perguntar um desses meninos ou meninas.

É essa a questão que quero começar a discutir aqui: o que a Escola e as famílias tem feito com os jovens brasileiros. O Ensino Médio reduziu-se, lamentavelmente, a um curso preparatório para o ENEM e os Vestibulares – pouquíssimo do que se aprende ali se usa na vida cotidiana. As aprendizagens, hoje, carecem de uma coisa essencial: significado!

Sem significado, nada faz sentido. Para que eu vou aprender equação de segundo grau se eu não sei onde irei utilizá-la, se eu não vou usar naquilo que pretendo fazer no futuro? Para que eu preciso aprender botânica se eu quero fazer engenharia? Ninguém, nem professores, nem pais dão essas respostas aos jovens.

E aí é que vem o desânimo, o desinteresse e a evasão da escola.

Comecemos por aqui nossas reflexões.
vimeo.com/toninhogaldeano

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Imagem: Pixabay

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Sobre o autor

Antonio Sebastião Galdeano é mestre em Políticas Públicas da Educação e graduado em Artes Cênicas. Trabalha em Educação desde 1989, tendo atuado como coordenador de diversas instituições públicas, do terceiro setor e privadas. Atualmente é coordenador em uma grande instituição no segmento do Ensino Médio, além de palestrante e consultor de projetos para a Reforma do Ensino Médio. É produtor do web canal “Além das Carteiras” (vimeo.com/toninhogaldeano) e da página com o mesmo nome no Facebook, onde discute temas concernentes à Educação brasileira.